sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009


29.10.2008 - 16h02
Hábito de ler tem progressos em Maceió
Graças ao empenho de amantes dos livros, Maceió recebe espaços culturais que estimulam a leitura na população
Gazetaweb - com colaboração de Wanessa Oliveira




O Sebo Livro Lido conta com apresentações culturais constantes (Foto: Wanessa Oliveira) Trabalhar com livros é considerado um verdadeiro desafio em um estado onde o analfabetismo funcional atinge 75% das pessoas. Quem tem interesse em disseminar cultura se esbarra continuamente na precarização de recursos voltados à leitura, no encarecimento constante das obras e em sua conseqüente carência de público. Neste Dia Nacional do Livro e da Biblioteca, Alagoas começa a comemorar um pequeno salto, através de iniciativas que posicionam as obras literárias entre as fontes de lazer de jovens, adultos, idosos e crianças. A livreira Andressa Maria Banet, e seu esposo, Denizard Reis, são um bom exemplo de que a vontade de disseminar o sabor pelas artes em geral e, em especial, pelos livros, pode render impactos positivos, mesmo em uma região pouco desenvolvida. Naturais de Curitiba, onde possuíam o Sebo Livro Lido há mais de 12 anos, o casal decidiu trazer a idéia para a capital alagoana. “Viemos para Maceió e nos encantamos. Fechamos a Livro Lido em Curitiba e decidimos abrir o sebo aqui”, conta Andressa, acrescentando que escolheu o histórico bairro do Jaraguá para instalar o empreendimento. “Sabemos que o Jaraguá é famoso para os turistas, em especial para a programação noturna. Decidimos quebrar esta barreira, apostando também no diurno”, conta. Há seis meses instalado, Andressa considera que o sebo Livro Lido ainda está em “fase de estabilização”, embora já tenha reunido freqüentadores assíduos, graças aos constantes eventos que atraem cada vez mais adeptos. “A idéia era exatamente essa: criar um espaço cultural, com uma cafeteria, lanchonete, que houvesse constantemente saraus, discussões sobre autores e diversos eventos desse tipo. E a resposta dos clientes foi bem satisfatória, eles mostraram que precisavam disso”, explicou. A Livro Lido já agenda outro evento regado à arte, música e melhor conhecimento de autores célebres. “Nosso último evento, no dia 18 de outubro, teve a participação do poeta Nilton Resende, que falou sobre Lygia Fagundes Telles; e o maestro Luiz Martins, com voz e violão. Já agora, no dia 8 de novembro, teremos Bruno Ribeiro falando sobre Zeca Baleiro e Itamar Assumpção, além da exposição do artista Kiko Oliveira”. O evento tem entrada franca. Para Andressa, a atração de novos leitores é diretamente ligada ao ambiente disponibilizado para uma boa leitura, os eventos que atraem pessoas às estantes da Livro Lido, e ao próprio preço do livro mais acessível. “Também acredito que precisa haver muito mais incentivo e apoio governamental, talvez mais estímulo por parte do Ministério da Cultura”.

o Que é um Sebo?


Os primeiros sebos surgiram na Europa do século XVI, quando os mercadores começaram a vender aos pesquisadores papiros e documentos importantes da época.
O nome sebo ,foi designado quando ainda não existia energia elétrica e as pessoas liam os livros à luz de velas. Essas velas acabavam sujando e engordurando os livros, que tornavam-se livros ensebados consequentemente seu local de venda "Sebos"a palavra sebo tornou-se, no Brasil, a forma vulgarizada para designar uma livraria onde se vendem livros usados e raros. O local pode ser, também, uma banca de jornal ou um simples calçadão. Nos dias de hoje, eles também podem ser encontrados em endereços na internet. Em Alagoas ainda é utilizado o termo "Alfarrábio" para designar livros antigos.
Hoje os Sebos estao reformulados e passaram a oferecer mais que um local desarrumado onde são vendidos livros velhos e desgastados, aqui na Livro Lido, por exemplo, somos um espaço cultural onde ha encontros literarios, recitais de poesia, musica e teatro.

Historia do papel:


Foi no ano 105, da era cristã, oficialmente, que se utilizou o papel pela primeira vez, embora ainda não fosse exatamente o papel como hoje é conhecido. O processo de fabricação era todo artesanal, mas supria as necessidades da época.
Fabricado pela primeira vez na China, por Ts'Ai Lun que fragmentou em uma tina com água, cascas de amoreira, pedaços de bambu, rami, redes de pescar, roupas usadas e cal para ajudar no desfibramento.
Na pasta formada, submergiu uma forma de madeira revestida por um fino tecido de seda - a forma manual - como seria conhecida. Esta forma coberta de pasta era retirada da tina e com a água escorrendo, deixava sobre a tela uma fina folha que era removida e estendida sobre uma mesa.
Esta operação era repetida e as novas folhas eram colocadas sobre as anteriores, separadas por algum material; as folhas então eram prensadas para perder mais água e posteriormente colocadas uma a uma, em muros aquecidos para a secagem Já o 1º papel feito no Brasil foi no Rio de Janeiro, em 16 de novembro de 1809.

O primeiro livro:


O primeiro livro de que se tem notícia é “Diamond Sutra”, uma coletânea de textos budistas que os chineses teriam produzido em 868 d.C. A técnica ainda era rudimentar, consistia em entalhar letras em bloquinhos de madeira e depois decalcá-las sobre o papel.
A Bíblia de Gutenberg, no entanto, é considerada o primeiro livro impresso da história. Finalizada por volta de 1455 pelo alemão Johannes Gutenberg, o inventor da prensa tipográfica, era uma cópia em latim de um exemplar de 380 d.C.

Como definir a rariade de um livro:




Definir um livro raro apenas pela sua antiguidade não é o suficiente.O conceito é muito mais abrangente;uma obra pode ser rara:
em virtude das características estabelecidas por fontes bibliográficas;
ser o único em relação aos exemplares do mundo;
estar dentro de um limite histórico ou ainda
apresentar aspectos diferenciados como papel, gravuras, encadernação e tiragem.

Como conservar um livro: Dicas


Para conservar os livros, evite:
Colocar clips e fazer dobras para marcação
Inserir no livro recortes de jornais e papéis
Retirar o livro da estante pela borda superior
Fazer refeições junto ao livro
Fazer anotações a caneta, use uma caderneta ou folha
Tirar xerox
Virar páginas com os dedos umedecidos com saliva
Usar fitas adesivas para reparos
Acondicionar volumes em armários fechados e sem ventilação
Acomodar livros volumosos na vertical
Receber luz solar direta, poluição, calor e umidade
Utilizar lustra móveis em estante de madeira
Preservar para não restaurar.

Literatura de Cordel

Sertão do sim e do não
Demis Santana
Hoje viver no Nordeste
está tão diferente
que chega a ser um nó do destino
no norte da gente
O Sertão do Nordeste
está tão mudado
é que os costumes antigos
foram tudim modificado
Os jovens não respeitam os mais velhos,
não existe tradição e nem tão pouco elo
que mantenha ligadas as gerações
as rádios são muito ruins, pior as televisões
Cabra, agora é cara!
e amigo, é bicho!
antes o povo caçava no mato
agora o povo cata é lixo!
E matrimônio
que era pra quem se merecesse,
hoje é por política
ou por outros interesses.
É umas moças quase peladas,
uns rapazes de brinco
uns homi de cabelo grande,
umas muie usando calça. bota, cinto.
E ainda tem uns afeminados,
por ai andando
de maquiagem, de peito
todo se desmunhecando!
Maria agora é Mary!
e João é John
Antes se ouvia cantiga na vitrola
agora só se ouve pagodão no som!
E se dançar uma valsinha
era uma diversão sã
hoje é boca da garrafa
rala tcheca, rala o tchan
em algumas coisas
é até dificil de acreditar
vaqueiro usando calça jeans
e telefone celular
Desprezando o gado
mode campear avestruz e ema
e o vaqueiro encourado, coitado,
esse já saiu de cena
mas o pior de tudo é o matuto
o matuto tem vergonha de muntar num jegue
se vai pra perto ou se vai pra longe,
uqer uma moto que o carregue
e quando sai para as festas
ou quando vai para a feira
usa umas camisas com umas palavras
e umas figuras estrangeiras
mas apesar de tanto ter me lamentado
diante da tá globalização, eu é que não vou ficar parado
pois o sertão e o nordeste continuam avançar
se eu quiser sobreviver, vou ter que me adaptar.

leitura e internet


Leitura em papel é mais enriquecedora que na Internet, diz cientista
Gilberto Dimenstein - CBN - 30/1/2009


Uma pesquisa realizada pelo neurocientista Ken Pugh, da Universidade Yale, especialista em cognição infantil, diz que a leitura no papel é "sem dúvida mais enriquecedora cognitivamente" do que as informações rápidas e intermitentes obtidas na tela do computador pela internet.Os sinais de que os jovens sentem enorme atração pelos signos digitais são ostensivos e indiscutíveis. Mas, de acordo com o neurocientista, os riscos de empobrecimento intelectual com o fim da leitura tradicional também são bastante conhecidos.